segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dano moral x Liberdade de Imprensa

Semana passada no TJRJ o juiz Renato Ricardo Barbosa ao substituir um desembargador condenou a editora Dom Quixote (responsável pela revista Brasília) e os Jornalistas Franklin Martins (hoje ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República) e Marcone Formiga a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) ao ex-presidente Fernando Collor de Melo.

O Senador processa a editora e os jornalistas alegando que foi difamado em uma entrevista em 2005 publicada pela revista Brasília onde o qualificaram de "corrupto, ladrão e chefe de quadrilha".

A decisão prolatada entendeu que esses dizerem arranharam a imagem e a honra do ex-presidente.

Sinceramente, agora expondo minha opinião pessoal, não vejo nexo nessa condenação, afinal, é público e notório que Fernando Collor de fato se envolveu em negociatas e esquemas com o finado PC Farias quando foi presidente da república, tanto que sofreu Impeachment do cargo.

E para mim (e acho que para a maioria) quem participa desse tipo de situação é corrupto. Já o termo "Ladrão" trata-se apenas de um sinônimo popular para aquele que pratica corrupção. Com relação a "Chefe de quadrilha", bem, creio eu que os envolvidos não eram apenas ele e seu comparsa, Paulo Cesar...

Coisas de Brasil! Infelizmente...

Lima Filho

2 comentários:

Olívio P. disse...

Na verdade, Collor foi caluniado ( não há difamação, pode até ser injúria se o que foi dito se dirigiu na presença dele), pois foi-lhe imputado fato criminoso. Não dá para fazer uma análise da pertinência das afirmações sem o contexto em que se configurou. Mas, em geral, acho que ,às vezes, algumas revistas (Veja, por exemplo) ultrapassam o razoável e exageram na qualifacação dos entrevistados.
Assim, por exemplo, na "Conversa com Dom Luiz Flávio Cappio" (revista Veja, 30 de setembro de 2009, pág. 58), com o título " Essa Deus não perdoa", a revista afirmou que o clérigo estava em defesa de um terrotista assassino, pois este vai criar um templo para Lamaraca. Ora, uma revista tão liberal, querendo controlar ou sugerir com o que o bispo tem de gastar, parece ser uma grande contradição, pois a "ideologia" liberal é baseada na liberdade, livre-iniciativa ("laisse faire") e o direito "sagrado" à propriedade. Uma sugestão, poste o resto do texto. Abraços

L. Filho disse...

Amigo, não há o que postar mais. Apenas falei a respeito da condenação e expus minha opinião, assim como você acabou de fazer com a sua. Saudações.